quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Destino de um Origami...

Já passou pela cabeça de vocês: O que fazer para preservar o meu origami ? Ele vai pegar poeira, vai ficar desbotado, vai se acabar. Ah ! Já sei : Vou passar verniz... vou pintar... vou fazer em tecido... vou impermeabilizar. Nossa! Como temos medo de perder as coisas da vida. A Solange, minha colega no escritório e membro do Johrei Center, me disse que assim como outras artes orientais como as Ikebanas, o Origami nos ensina a grande lição do Desapego.

Fiquei pensando, onde já li isso? Eu sabia que era em um dos livros da Tomoko Fuse. Achei e agora desejo compartilhar com vocês, esse grande ensinamento:
O destino de um origami - por Tomoko Fuse
Algumas vezes enquanto queimo origamis que foram amassados ou que não tenham sido bem sucedidos, de uma maneira ou outra, olho para as chamas verdes, azuis e amarelas (provavelmente causadas pelos pigmentos que dão cor ao papel) e eu reflito sobre a triste e efêmera finalidade das figuras de animais e sólidos geométricos e sobre o tempo que gastei criando eles.
A vida de um origami atinge seu ápice com o brilho de satisfação na face de seu criador no instante de sua criação ou no momento quando o trabalho é oferecido como presente a alguém. Porém, é seu destino perder a sua importância logo depois.

O tempo de duração dos origamis de todos os tipos, animais e flores ou modulares, é curta. Em exposição numa prateleira ou mesa, eles são o centro das atenções por algum tempo. Alguns deles servem de porta-trecos, porém cedo ou tarde eles ficam empoeirados, desbotados e destinados à lixeira, mesmo quando mantidos em boas condições por muito tempo.

Apesar de tudo isso, mesmo que as peças de origami tenham tão curta duração, seu design explode para vida novamente cada vez que alguém o executa, e pensando assim eles podem ser considerados eternos.